Brasil e China batem em 2023 recordes da série histórica no comércio bilateral.
Da Redação
Brasília – Pela primeira vez na série histórica iniciada em 1997, o Brasil superou a marca de US$ 100 bilhões exportados para um único país: a China. Foram exatos US$ 105,7 bilhões, superiores em mais de US$ 34 bilhões em relação ao total embarcado para o segundo maior parceiro comercial do Brasil, os Estados Unidos.
A corrente de comércio (exportação+importação) sino-brasileira estabeleceu no ano passado outra marca histórica, com um total de US$ 157,490 bilhões, uma alta de +4,9% sobre a cifra totalizada em 2022. Comparativamente com 2022, as exportações brasileiras cresceram US$ 104,311 bilhões (variação de +16,6%), enquanto as vendas chinesas para o Brasil tiveram uma queda de -12,5% no período e somaram US$ 53,159 bilhões.
Maior parceiro comercial do Brasil, a China foi o destino de 30,7% de todo o volume embarcado pelas empresas brasileiras para o exterior no ano passado, contra 26,8% registrados em 2022. Por outro lado, a participação chinesa nas importações brasileiras teve uma ligeira queda no ano passado para 22,1%, ante 22,3% em 2022.
Outro dado relevante: a China foi o destino dos três principais produtos que lideraram a pauta exportadora brasileira no ano passado. O principal deles, a soja em grãos, com exportações totais de US$ 53,241 bilhões (aproximadamente 102 milhões de toneladas embarcadas), teve na China seu maior cliente, com US$ 38,9 bilhões, equivalentes a 73,1% do total exportado.
Números igualmente expressivos foram registrados nas exportações de petróleo e minério de ferro. Em relação ao petróleo, as vendas para o país asiático somaram US$ 19,8 bilhões, com uma fatia de 46,6% de US$ 42,539 bilhões embarcados para os mais diversos países. Outro produto líder nas vendas externas brasileiras, o minério de ferro, teve novamente em 2023 a China seu principal mercado no exterior e para lá foram exportadas mais de 378 milhões de toneladas, a um valor total de US$ 30,528 bilhões. Desse volume, US$ 19,6 bilhões foram gerados pelas vendas ao mercado chinês, que respondeu por 64,2% de todo o minério de ferro exportado no ano passado pelo Brasil.
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